Uma das preocupações relativamente ao parto prolongado é o bem-estar do bebé (também nos preocupa a morbilidade materna, mas esse assunto fica para outro dia).
Acreditava-se que uma maior duração do período expulsivo estava associada a piores desfechos neonatais, ou seja, os bebés não nascerem saudáveis.
Contudo, estudos realizados na era da monitorização fetal eletrónica não mostram uma associação entre os desfechos neonatais adversos e a duração do período expulsivo. Em alguns, as grávidas chegaram a ficar mais de 5 horas em período expulsivo sem prejudicar a segurança do parto.
É por isso que a ACOG, no seu consenso sobre prevenção em segurança da primeira cesariana, refere que deve permitir-se pelo menos 2 horas de esforços expulsivos em grávidas com partos vaginais anteriores e pelo menos 3 horas de expulsivo em grávidas no seu primeiro parto. Mas que durações mais longas podem ser apropriadas se, por exemplo, estiver a usar-se epidural ou o bebé estiver mal posicionado, desde que esteja a existir progressão no parto (e a monitorização fetal e materna estejam tranquilizadoras).
Não é possível definir um limite de tempo a partir do qual todas as grávidas tenham que ser submetidas a um parto instrumentado ou cesariana.
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