grávida em trabalho de parto debruçada na bola de pilates e sendo apoiada por médica obstetra

Ecografia na gravidez inicial

Fazer ecografia é o segundo “ver para crer” da gravidez. (Ainda se lembram do primeiro, do penúltimo e do último?)

Mas o que se vê numa ecografia de uma gravidez inicial?

O saco gestacional é a primeira estrutura visível em ecografia que nos permite confirmar a existência de gravidez. Surge, em ecografia transvaginal, uns dias antes das 5 semanas de gravidez (mas não se esqueçam, não começamos a contar o tempo de gravidez pela concepção/ovulação mas sim pelo primeiro dia da última menstruação).

À medida que o tempo passa, numa gravidez evolutiva o saco gestacional vai aumentando de tamanho (cerca de 1mm por dia) e começam a ser visíveis outras estruturas: vesícula vitelina e embrião.

Medindo o saco gestacional conseguimos fazer uma estimativa do tempo de gravidez. A fórmula matemática é: idade gestacional (em dias) = média do diâmetro do saco gestacional (em mm) +30, com um erro de mais ou menos 5-7 dias (ou então usar uma das várias tabelas de conversão existentes).

Na imagem vemos um saco gestacional (a bolinha preta) com cerca de 8 mm, ou seja, aproximadamente 38 dias de gravidez (5 semanas e 3 dias).

Mas esta medição não deve ser usada para datar a gravidez!

Devemos repetir a ecografia quando já se visualiza o embrião (até às 13 semanas e 6 dias) e medir o comprimento cranio-caudal (comprimento do bebé, da cabeça até ao rabo) pois é uma estimativa da idade gestacional com maior grau de precisão.

Depois de termos a medição do comprimento cranio-caudal devemos comparar essa estimativa de idade gestacional com o tempo de amenorreia (tempo que passou desde o 1º dia da última menstruação). A escolha entre uma data ou outra depende do nº de dias de diferença e apenas temos que seguir a datação ecográfica se esta tiver uma grande diferença da datação pelo primeiro dia da última menstruação.

A datação adequada da gravidez é essencial. É através dela que fazemos a estimativa de peso do bebé e que se tomam decisões como momento da indução do parto ou da cesariana.

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Referências:

Bree RL, Edwards M, Böhm-Vélez M, Beyler S, Roberts J, Mendelson EB. Transvaginal sonography in the evaluation of normal early pregnancy: correlation with HCG level. AJR Am J Roentgenol. 1989;153(1):75-79. doi:10.2214/ajr.153.1.75

Whitworth M, Bricker L, Mullan C. Ultrasound for fetal assessment in early pregnancy. Cochrane Database Syst Rev. 2015;2015(7):CD007058. Published 2015 Jul 14. doi:10.1002/14651858.CD007058.pub3

Daya S, Woods S, Ward S, Lappalainen R, Caco C. Early pregnancy assessment with transvaginal ultrasound scanning. CMAJ. 1991;144(4):441-446.

de Crespigny LC, Cooper D, McKenna M. Early detection of intrauterine pregnancy with ultrasound. J Ultrasound Med. 1988;7(1):7-10. doi:10.7863/jum.1988.7.1.7

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