grávida em trabalho de parto debruçada na bola de pilates e sendo apoiada por médica obstetra

A bolsa ter rompido não é motivo para teres que ficar deitada

É comum dizerem-me que tiveram que ficar deitadas no trabalho de parto porque a bolsa tinha rompido e existia o receio de prolapso do cordão.

Gostava muito de partilhar convosco evidência sobre isto de poder ou não ter liberdade de movimentos quando a bolsa rompe mas… não é sequer referido nas recomendações sobre bolsas rotas. Não encontrei em lado nenhum algo que pudesse justificar ou contrapor essa limitação.

Sobre o prolapso de cordão (quando a bolsa rompe, o cordão escorregar para a frente da cabeça do bebé e ficar comprimido pela bacia) é uma emergência obstétrica mas também é uma situação rara (0,16-0,18% dos partos), sendo que metade dos casos são associados a procedimentos obstétricos (por exemplo, ruptura artificial da bolsa, colocação de monitorização fetal interna ou rotação manual da cabeça do bebé). Existem situações que aumentam a probabilidade disso acontecer, como por exemplo, bebés mal posicionados, quantidade de líquido amniótico excessiva ou prematuridade. Mas não é motivo para todas as grávidas com bolsa rota terem que ficar numa cama.

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Referências:

DOI: 10.1055/s-1999-6809
DOI: 10.3109/14767058.2013.799651

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