Reflexão conjunta com a Daniela Galveias (@desabafosdeducadora):
“Hoje trago um tema difícil. Mas não o trago sozinha. E por isso, a @marianatorres_ob veio refletir comigo sobre algo que pouco ou nada se fala. Nem com as crianças, nem com os adultos. As crianças sabem-no muitas vezes por ouvirem conversas entre adultos, ignorando a sua presença. Mas é importante que se explique isto aos mais novos quando uma perda destas acontece. É um luto pelo qual as crianças também passam. E devem ter alguém que esteja ali para elas nesse processo. Alguém que acolha as suas emoções e preocupações.
A perda gestacional é um tema delicado e muitas vezes ignorado ou escondido no contexto da parentalidade. Quando surge uma situação de perda gestacional é comum a grávida não conhecer mais ninguém que tenha passado pelo mesmo, ou achar que não conhece porque nunca foi abordado esse assunto. Isto resulta, em parte, do hábito de manter a gravidez em segredo até às 12 semanas, levando a uma percepção errada da frequência das perdas e a um menor apoio para quem as vive.
O sentimento de culpa é comum entre as mulheres que enfrentam uma perda gestacional, mas é importante entender que não foi por nada que tenham feito ou deixado de fazer. O exercício físico não causa perda gestacional, nem as emoções intensas ou discussões.
A maioria das perdas gestacionais ocorre no primeiro trimestre, atingindo até 30% das gestações e a causa, na maioria dos casos, são alterações dos cromossomas do bebé. É importante também saber que existe o direito a uma licença por interrupção da gravidez (ou seja, uma baixa médica), com duração entre 14 e 30 dias, de acordo com o artigo 38.º do Código do Trabalho, e que esta é paga a 100%.
Para concluir, mas não menos importante, não te esqueças da tua saúde mental: não hesites em procurar apoio emocional e psicológico durante este momento desafiante, para ti e para a tua família.
Não estás sozinha. ❤️”
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Esta informação é de carácter genérico e não dispensa a consulta com o teu médico assistente.