Quando falamos da estatística das complicações em saúde, não se trata apenas de números, mas sim de pessoas.
Concordo que não faz sentido sentir ansiedade ao fazer uma escolha que tem uma probabilidade baixa de dar errado, mas isso não nos deve cegar ao ponto de não colocarmos sequer a hipótese que algo possa correr mal.
Tu podes ser o 1 em 1000 qualquer que seja o caminho que escolhas.
Podes ser o 1 em 200 que tem uma ruptura uterina num trabalho de parto após cesariana ou o 1 em 200 a quem têm que remover o útero durante a realização da segunda cesariana.
Podes ser o 1 em x que tem um bebé com uma alteração cromossómica de acordo com os rastreios da gravidez ou o 1 em 100 que sofre uma perda fetal após realizar uma amniocentese.
Podes ter a infelicidade de ser o 1 em 600 cujo bebé tem uma hemorragia intracraniana após um parto instrumentado por ventosa ou o 1 em 800 que perde o bebé entre as 41 e 42 semanas de gravidez.
Até podes ser o 1 em 200 000 que tem uma infeção grave na coluna após realizar epidural.
Não há escolhas na vida sem riscos e, por surgir uma complicação, não significa, necessariamente, que alguém errou, nem mesmo tu, por teres escolhido esse caminho.
Fazemos as melhores escolhas para o que sabemos a cada momento.
Infelizmente ainda não existem bolas de cristal nem a medicina é perfeita.
Faz as escolhas que te deixem de consciência tranquila.
Esta informação é de carácter genérico e não dispensa a consulta com o teu médico assistente.