A gravidez ectópica é tipicamente chamada de “gravidez fora do útero”, ocorrendo em cerca de 2% das gravidezes.
Em 96% dos casos a implantação do saco gestacional ocorre na trompa uterina mas pode acontecer no ovário (3%) ou dentro da cavidade abdominal (1,3%).
Os principais fatores de risco para ter uma gravidez ectópica são:
- Gravidez ectópica anterior;
- História de doença inflamatória pélvica e outras infecções genitais;
- Diagnóstico de infertilidade;
- Fertilização in vitro;
- História de cirurgia às trompas uterinas;
- Gravidez que acontece durante o uso de contraceptivo hormonal, DIU de cobre ou após laqueação de trompas;
- Tabagismo;
- Idade materna avançada;
- Endometriose.
Os sintomas de gravidez ectópica dependem do momento em que é diagnosticada. Na maioria dos casos surge hemorragia vaginal e/ou dor pélvica numa fase inicial da gravidez. No entanto, também pode ser assintomática e suspeitar-se por existir elevação significativa do valor da hormona BHCG sem uma imagem ecográfica sugestiva de gravidez in-útero ou com uma imagem sugestiva de gravidez tubária. Raramente, pode ser descoberta em casos graves de hemorragia dentro do abdómen numa mulher que não sabia que estava grávida ou que tinha uma gravidez inicial.
Sobre o tratamento, não é obrigatório fazer sempre cirurgia. Em alguns casos pode não ser necessária nenhuma intervenção, se tiver ocorrido um aborto tubário e a situação esteja estável, mantendo-se apenas vigilância. Mas, por vezes, existe a necessidade de fazer medicação (metotrexato) ou cirurgia (abertura da trompa com remoção do saco gestacional ou remoção da trompa). As duas abordagens cirúrgicas parecem levar à mesma probabilidade de nova gravidez no futuro.
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Referências: