Nos últimos meses, dei a notícia a dois casais de que estavam à espera de gémeos.
Num dos casos, a gravidez gemelar aconteceu após indução de ovulação, pelo que o casal já sabia que existia uma maior probabilidade de isso acontecer. No outro caso, foi uma completa surpresa — e começaram a “fazer contas à vida” com um sorriso nervoso no rosto, já que tinham duas crianças em casa 😅
Quando damos a notícia de uma gravidez gemelar no início da gestação, é importante fazê-lo com positividade, mas também com alguma cautela. Não acredito em silenciar ou adiar a euforia, o entusiasmo e a felicidade — as emoções devem ser vividas no presente.
Ainda assim, nestes casos, costumo sempre sugerir uma ecografia de controlo algumas semanas depois, explicando a importância de confirmar como está a evoluir a gravidez. Para bom entendedor, meia palavra basta.
Chegou o dia da repetição da ecografia e, infelizmente, num dos casos verificou-se que um dos embriões deixou de se desenvolver. A esta situação chamamos vanishing twin (ou gémeo desaparecido).
Este fenómeno é relativamente comum — pode acontecer em até um terço das gravidezes gemelares — e, felizmente, não costuma afetar o desenvolvimento do bebé que continua a crescer.
Sabiam que isto podia acontecer?

