O corte não imediato do cordão umbilical tem vantagens para todos os bebés e não tem desvantagens para as grávidas.
🩸 adaptação mais fácil à vida cá fora por continuarem a receber oxigénio materno através da placenta
🩸 diminuição do risco de anemia da infância
🩸 diminuição da mortalidade neonatal em bebés prematuros
Então, quando cortar o cordão? Há várias teorias… Alguns dizem após 1 minuto de vida, outros 3 minutos, a maioria das grávidas que acompanho escolhem fazê-lo quando o cordão parar de pulsar mas também pode ser apenas após a placenta sair (como na foto que tirei num parto que acompanhei durante o estágio no @hospitalsofiafeldman )
Um dia será normal em Portugal (noutros países já se vai fazendo), mesmo os bebés que nascem a precisar de cuidados imediatos por pediatria, poderem permanecer ligados ao seu cordão durante as manobras, beneficiando do oxigénio materno enquanto não respiram por si. Existem umas mesas de reanimação neonatal desenhadas especificamente para isso… Um dia cá chegarão 😌
Como desvantagens (existem sempre, não é?), o corte não imediato leva a aumento da probabilidade de ser preciso fazer aquele tratamento com as luzes (fototerapia) por o bebé ter icterícia. Quem tem corte imediato tem 2.74% probabilidade de fazer fototerapia, os de corte tardio têm 4.36%, sem diferenças a longo prazo.
🗣️ Vê os comentários, comenta e partilha o post correspondente no Instagram.
Referências:
DOI:10.1002/14651858.CD004074.pub3
DOI: 10.1136/archdischild-2018-315483